Carinhanha tem no campo uma das suas maiores riquezas. Em 2024, a produção agrícola do município alcançou números impressionantes, ultrapassando 27 mil toneladas de frutas. Os dados mostram a força da fruticultura local:
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Banana: 11.550 toneladas
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Manga: 7.200 toneladas
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Melancia: 4.050 toneladas
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Mamão: 2.963 toneladas
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Maracujá: 1.632 toneladas
Apesar da grande quantidade colhida, a maior parte dessa produção é comercializada in natura, com baixo valor agregado e alta perecibilidade. É nesse contexto que cresce a proposta de transformar o Distrito Industrial de Carinhanha em um polo de agroindústrias de frutas tropicais, capazes de gerar mais renda e empregos para a população.
Agroindústria de polpas: um começo viável
Especialistas e lideranças locais defendem que o município deveria priorizar a atração de empresas de polpas de frutas, por três razões principais:
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Menor custo inicial de implantação;
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Capacidade de absorver toda a produção local, inclusive frutas fora do padrão de mercado;
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Agregação de valor, já que a polpa congelada pode ser vendida até cinco vezes mais cara que a fruta in natura e armazenada por até um ano.
Além disso, as polpas atendem múltiplos mercados, desde o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) até a exportação para cidades vizinhas, o Oeste da Bahia, Minas Gerais e até Brasília.
Inclusão produtiva e combate à pobreza
Outra possibilidade é fomentar associações e cooperativas de produtores rurais do próprio município, para que implantem unidades de beneficiamento com planos de trabalho aprovados pelo poder público. Isso permitiria à agricultura familiar participar diretamente do processo de industrialização, fortalecendo a economia local e criando oportunidades de inclusão social.
O primeiro passo de uma transformação
Para o vereador Luan Leite de Brito (Luan do Povo), as polpas são apenas o início de um processo de industrialização mais amplo:
“Carinhanha produziu mais de 27 mil toneladas de frutas em 2024. Se atrairmos agroindústrias de polpas, poderemos gerar emprego, renda e ajudar nosso povo a superar a pobreza. Depois virão outras fábricas, de sucos, doces e derivados. Mas precisamos começar por onde temos mais força: nossas frutas”, destacou o parlamentar.
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